quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Feliz Aniversário !



Boa noite. Tudo bem? É, eu sabia que ficaria bem melhor aí, sim, a mamãe também sabe. Sentimos sua falta. A vovó está bem, sim, terei paciência com ela. Desculpe ter demorado tanto tempo para escrever, eu não sabia que podia. Claro, vou escrever sempre. Eu queria te agradecer, por sempre acreditar tanto em mim. Também tenho muito orgulho do senhor. Muito mesmo !

Hoje estou com tanta saudade! Fui obrigada a escrever. Hoje também é um dia muito especial. Talvez esteja enlouquecendo, talvez essa seja a solução para não enlouquecer. É que hoje, vovô, hoje estou tão confusa ! Sei que teria as melhores palavras, sempre teve. Sim, estou chorando. Não, haha, não machuquei e nem está esguichando sangue ! =) A gente podia jogar uma partida de "resta um" ! Sinto falta do "resta um". 

Já vou parar de chorar, estou só limpando os olhos... Olha Vô, preciso do senhor. Estou confusa e com medo, preciso dos seus conselhos sem recomendações. É Vô, preciso escutar que tudo vai dar certo, que eu vou conseguir, que vai passar, que você está comigo. Podemos comer passas e jogar damas enquanto conversamos. Tudo bem, não vamos falar nada na sua jogada.

Sabe o que é, Vô, é que é muita saudade, e não sei o que fazer. Hoje, por exemplo, hoje é dia de ir no "Província de salermo", como vou ficar sem aquele risoto? Sim, saudades de passar minhas tardes com você.  Sempre soube que era a preferida, pode deixar, não vou contar pra ninguém.

Ah, Vô ! Me desculpe !!!! Me desculpe por ter deixado tudo aquilo acontecer !!! Eu sei que você nunca quis nada daquilo ! Me perdoe por não ter feito mais ... a culpa é um pouco minha sim ... acho que tinha outro jeito. Sim, é passado, mas passado também dói. Tudo bem, não vou mais sofrer por isso, passou.

Posso jogar? Vale soprar? Soprei. Sim, a peça estava ali. Vô, aprendi a tocar "O carinhoso" pro senhor, sim, na clarineta. Vou tocar na próxima carta, pode ser? Então combinado.

Já está na hora de dormir? Não Vô ! Fica mais ! e o conselho? e o jogo? estou até ganhando ! e ainda tem passas ! Fica Vô, eu não sou moça não ! Sou menina ainda... claro que preciso dos seus abraços, das suas palavras e dos seus beijos demorados, beijos "de banheiro". Não vai vô, ainda não.

Estou confusa!  tenho medo ! doeu muito ! estou com saudades !
Fica, Vô, mais cinco minutinhos, fica que eu vou acordar a Sofia pra vir te ver !

Então volta logo... volta que te amo, e sempre vou te amar. 

Feliz aniversário Vovô!

Com carinho, da sua netinha, 

Guga


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sorvete


Às vezes preciso de sorvete. Preciso muito. Hoje, por exemplo, saí de casa determinada a tomar a maravilha gelada, precisava, não podia mais adiar. Corri atrás do ônibus rua abaixo com o pensamento fixo no sabor chocolate, subi me espremendo entre passageiros cansados que queriam voltar para casa, só para tomar meu sorvete. Fui até o colégio, onde passei tantos anos tão felizes, onde fiz amigos para toda a vida, amigos com quem posso contar. No caminho, saquei o telefone do bolso e fui logo avisando que ia chegar, sorvete sem companhia, e uma boa conversa jogada fora, perde todo o sabor. Cheguei, na verdade desci no ponto errado e andei um bocado, mas andar por ali me faz bem. Passei pela porta da escola e deu vontade de entrar, sentar na sala da banda, tocar uma música, vestir um collant e ir treinar, não podia mais, cresci. Tudo bem, era cedo e dia de sorvete, desci o resto da rua já vendo o amigo acenar. Entramos no shopping que vi ser construído das janelas das salas de aula... Passo número um: despejar no amigo o que guardado parecia veneno, e dito virou bobagem sem fim. Em frente ao fast-food a barriga roncou, lembrei que pulei o café da manhã e o almoço, que já eram 17:30h e que a possibilidade de um desmaio era real, pedi um hamburger e um refri gigante, se palavras venenosas foram expulsas, me entupi do veneno com gás, acredite, hoje era preciso. Terminada a minha "refeição", anunciei triunfante: "agora o sorvete". O amigo quase caiu para trás: "Jura que aguenta sorvete?", esse parece que não me conhece bem, tomei uma casquinha em razão da economia...de chocolate. Me senti tão melhor depois do lanchinho. Sim, sorvete, precisava mesmo de sorvete, e de um amigo, um ombro para chorar.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sinto muito


Eu sinto muito
Eu sinto tanto
Sentir tanto assim

Me perdoe 
Mas não evito
O famoso sentir

Eu sinto muito
Sentir tão errado
Amar e odiá-lo

Sinto profundo
Um amor sem futuro
Como água pelo ralo

Sinto, é verdade
Uma culpa sem motivo
Amor em pedrinhas de garimpo

Sinto e repito
Sem nós na garganta
Desejo em delírio

Eu sinto muito!
Que não sinta o mesmo
Que eu já senti sem medo

Eu sinto muito
E sinto tarde
Sem nenhuma vaidade

Eu sinto tanto
Sentir assim
Sem dó ou piedade

Sentindo o fim
Se aproximando
Sem volta, claridade

Um dia tudo virá
O sentido
A liberdade

Um dia de muita angústia
Um dia sem nós
Um dia de abraços

Um dia direi isso tudo
Com lágrimas rolando
E palavras ferindo

Um dia tudo o que sinto
E não te exijo
Será perdoado

Eu sinto muito
Eu sinto tanto
Que o amor tenha mudado

Eu sinto em mim
O que sentirá
Uma vez revelado

Eu sinto o fim
Se aproximando
Amar sem ser amado

Eu sinto muito, sentir tanto assim ...


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ele se foi

Cresceu muito e bem depressa, achei que estava muito bem! Mas me avisaram que como ficou tão grande... algumas mudanças precisavam ser feitas. Fiquei um pouco apreensiva, mudanças nem sempre têm o efeito esperado. O tempo passava e via sinais de que a mudança era mesmo necessária. Não tinha outro jeito, precisei arriscar.

Acompanhei e ajudei na mudança, com olhos atentos e mãos cuidadosas. Depois continuei vigiando, dia após dia cada pequena reação. Dois dias se passaram e achei mesmo que tudo ficaria bem, mas não foi bem assim. Por mais que a mudança tenha sido imposta por uma necessidade crescente, ele não se adaptou.

Cada vez que passava por ele, cada manhã que tentei animá-lo, matar a sede, mostrar a luz, cada vez via que definhava um pouquinho. Foi secando, ficando magrinho, e o verde desaparecia aos poucos, dando lugar a um amarelo quase marrom. Ver aquele fim foi se tornando parte do dia a dia, como havia sido com o começo. Mas dessa vez não foi divertido assistir o tempo passando...

Por fim, ainda que não me conformasse, minha mãe pegou a tesoura e cortou o que um dia foi meu querido pé de manjericão (esse aqui: para o meu manjericão). Sentei na bancada da cozinha como sempre fiz, encarei o vasinho vazio e me bateu uma saudade, uma tristeza, uma vontade de passado, uma nostalgia boba de criança.

Ele se foi, como tanta coisa se vai em nossas vidas. Parei por alguns segundos enquanto encarava o que restara abaixo do corte da tesoura, pensei em todos que por alguma razão se foram, pensei nos últimos anos, me bateu uma dor enorme. Senti um vazio se apertando lá no fundo, como se estivesse procurando o coração e só encontrasse um fundo oco. Não. Não podia ser assim.

Passei dias pensando na vida, preenchendo o tal vazio que acabava de descobrir, lembrei de tantos momentos bons, agradeci por ter tido oportunidade de conhecer tantas pessoas boas. Lembrei de todos eles com carinho, independente das circunstâncias em que partiram. Lembrei até mesmo de quem só partiu da Minha Vida, partindo por vezes o meu coração... Sim, também tinha sido privilégio conhecê-los. Nesse tempo, me distraí, esqueci de olhar para o vaso ao passar pela cozinha, trabalhando sozinha nas minhas memórias e conclusões.

Hoje, parei para beber água e vi um brotinho surgindo tímido no vaso antigo, me veio uma alegria imediata, um calor no peito, o coração que batia feliz. Sim, meu antigo manjericão se foi, mas outro estava nascendo. Sim, perdi algumas pessoas, mas outras tantas nasceram na minha vida, não sei o que faria sem tantas novas amizades ! Encontrei pessoas realmente especiais, sem as quais não consigo mais me imaginar.

É, mais uma vez aprendi com o meu manjericão valiosas lições. Encarei dores que havia escondido, chorei lágrimas que estavam encarceradas, lavei a alma, amanheci. Ele não será meramente substituído, essa não é a ideia, mas, às vezes, no caminho, o velho deve dar lugar ao novo. E, por vezes, que ainda não entendo, até o novo tem de partir.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Declarando guerra da minha escrivaninha



Vejo três portas de armário
Duas estantes com livros
Um fim sem ser sumário
Páginas em abismos

Vi seus olhos tão de perto
Foi difícil não dizer nada
Mas fiz o que era certo
Sorri e fiquei calada

Sei tão bem o que quero
Sei querer o impossível
Sei e isso não nego 
Não sou tão insensível

Se obedeço o que manda
Obedeço a razão?
Coração que se zanga
Sangrei de emoção

Era sangue nas lágrimas
Presas de revolta
Voavam as páginas
Infinito sem volta

Tenho certeza que sou louca
Por isso declaro guerra
Minha vontade não é pouca
Grito do alto da serra:

"Matem todos, eu vos digo, todos que fingem amar"

domingo, 19 de agosto de 2012

Engenharia aplicada


Fácil demais
Fazer previsões depois que aconteceu
Fácil sonhar condições ideais
Que nunca existirão

Com a coragem que a distância dá
Em outro tempo em outro lugar
Tudo é tão fácil


Eu gostava da distância e do tempo (para que tudo fosse fácil!) Quero partir uma nova temporada, reorganizar a bagunça que chamo de vida. O problema é que na volta, nem sempre tudo se resolveu sozinho, tem coisas que esperam do jeitinho que deixei. Quanto a sonhar condições ideais... tenho sonhado tanto assim acordada, que às vezes dói ver que nada aconteceu como imaginei. E como essas condições realmente nunca existirão, preciso abrir mão de algumas coisas, afinal, não se pode ter tudo, não é?


Ela sabe muito bem o que quer
Ela sabe o que precisa fazer
e vai a luta
não escuta ninguém


Não sei se seria justo dizer que não escuto ninguém. Escuto com carinho amigas que querem o meu bem. Mas teimosa que sou, e com o lema de só me arrepender do que deixei de fazer, mesmo conselhos prudentes não me convencem a deixar de tentar. Sei tão bem o que quero, sei até o que fazer, luto com unhas e dentes, mesmo que possa perder. Sei que não posso ter tudo, mas ainda tento ter muito do que quero.


Que a chuva caia
Como uma luva
Um dilúvio
Um delírio
Que a chuva traga
Alívio imediato


Finalmente, entre as tempestades de ideias, ações, confusões, consequências... em meio a minha vida maluca e divertida, que tem tantas alegrias, mas que não escapa de algumas dores... entre amizades e amores, dias e noites, idas e vindas, a chuva me consola e alivia. A chuva e a caneta, que desliza no papel.

vai chover, vai secar, serão águas passadas
diga adeus, !adeus!


E tudo com o tempo passa, virando lembrança querida, dor esquecida, ferida curada. Vai doer, vai passar, vou lembrar, vou chorar, mas levanto a cabeça e continuo a jornada. Que o próximo passo, tenho certeza, tudo vai melhorar!

Há espaço pra todos há um imenso vazio
Nesse espelho quebrado por alguém que partiu
A noite cai de alturas impossíveis
E quebra o silêncio e parte o coração


E termino com palavras que me acompanham em manhãs ensolaradas, enquanto vejo a vista da cidade inteira, uns que ainda dormem, outros que já trabalham. Vou descendo todo sábado, cantarolando as canções, aplicando a engenharia do hawaii, sendo toda coração. Preciso sentir mais o que penso e pensar mais a emoção.



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Muito para sonhar


Menina. Tenho que crescer. É o que andam me cobrando, que seja adulta, mesmo sem querer.

Usam como exemplo a própria juventude curta, me colocando na parede para que abandone tantas aventuras. 
Tenho sonhos de menina!

Muitos sonhos a perseguir, outros tantos a serem sonhados, que ainda não descobri. 
Tenho sonhos encantados, cada vez mais reais.

Aguentem firme! Preciso de mais tempo de menina, mais tempo para sonhar.

Dizem eles, com vozes velhas, que é tempo de sossegar.

Só sossega coração morto, que o punhal fez parar.

O meu bate forte e leve, tem muito o que sonhar.





terça-feira, 14 de agosto de 2012

Te espero nos trilhos

Vou esperar o tempo que tiver

Sozinha entre os trilhos pensava comigo
O que acontece se o trem vier?
Sentei nas tábuas sorrindo
Tenho o tempo que tiver


Passei os dedos no metal gelado
Trilhos cor de café
Quase chorei olhando pro lado
Vai voltar, tenho fé


Me equilibrava em um trilho
Você no outro
As mãos dadas, te digo
Imagino seu gosto


Um dia ali trilhamos
Alguma aventura
Agora os afastamos
Com olhares de ternura


Eram retas paralelas
Que no infinito se encontravam
Amigos por tabelas
Que um dia se amaram


Colei o rosto no metal enferrujado
Lágrimas rolaram quentes
De saudades do passado
Que embaçava minhas lentes


Sorri um sorriso torto
Lembrando do que fomos
Sabia que estava morto
Mas vive nos meus sonhos


Trilhamos um curto romance
Uma crônica ou conto
Nos trilhos o último lance
Antes do temido ponto


Prefiro lembrar de tudo
Em um poema de trilhos
Lembrar do dia confuso
Em que matou meus risos


Mas lembro principalmente
Dos conselhos valiosos
Sei que neles não mente
Com olhos lacrimosos


Continuo sentada entre os trilhos
Continuo sonhando contigo
Pensando em pontos e brilhos
Te esperando voltar, amigo



domingo, 12 de agosto de 2012

Râler





On ne peut pas nier que 
(On ce qui nous concerne)
Envers les infers du monde
Ça ne vaut pas la peine de râler
Notre vie, si privilegiée, ne mérite rien que de bonnes volontés

J'ai beau essayer de ne voir rien que le côté positifs
Parfois la tristesse se fait présente dans le miroir
Cependant, la vie continue, belle, rapide, facile.
Facile pour qui? Pour moi? Pour toi?
Pour nous? vous? eux?

É amigo, não vale a pena reclamar, bater o pé, complicar
Não vale a pena insistir, pensar que pode obrigar
Certas coisas na vida, ou se espera ou se aceita
Pau que nasce torto, não se endireita

Exigências feitas a cada segundo
Acordam o que de pior há no mundo
Não queira mudar o que anda tão bem
Forçando se perde o que já tinha também

A vida quase nunca parece fácil a quem vive
Pensam muitos consigo "pior a que tive"
Se vivemos já é privilégio sagrado
Agradeço mais um dia abençoado

Talvez não seja o que tinha planejado
Penso até mesmo que algo deu errado
Mas comparado a tantos infernos em terra
Não reclamo de nada, estou longe da guerra

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Conto as gotas que escorrem




Vontades em conta gotas
Desejos sob a pele
Escondo vontades bobas
Pra ver se o desejo se esquece

Mas não se engana o que corre
Em veias de sangue vermelho
Sobe, pulsa e colore
Bochechas cor de desejo

Na noite me apanha armadilha
Em sonhos não posso fugir
Das vontades de menina
Que já te fizeram sorrir

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amigos

para o Toto

Amigos surgem por obra do destino, do acaso, dos primos. Amigos costumam partilhar muito: alegrias, tristezas, tantas músicas, filmes, devaneios, desatinos. Amigos que vi mudarem tanto, sem deixar de ser amigo importante. 

Desejei boa prova, boa viagem, boa sorte. Senti saudades, planejamos festas, jogamos conversa fora, em tempos de msn, facebook, tardes amenas. Dias passados com lanches da tarde, na padaria mata das borboletas, na casa do Gu, do Luís, da Dé e lá em casa... Ensaios que viram festas, um dia de sol na casa do Chico. Muitas fotos, testemunhas da mudança e constância da nossa amizade!

Várias fases, do colégio à faculdade. Cabeludo, cabelo curto, fui morena e na tentativa de loira fui meio ruiva...e rimos de piadas contadas por amigos em comum. E andamos ruas de BH, e conhecemos cada cantinho do Pátio, e choramos pela dor que encontramos na jornada, e lembramos com amor de quem sempre será lembrada, e sorrimos vendo nas fotos antigas dias lindos do passado...

Que venha o futuro, estamos prontos ^^ 


sábado, 4 de agosto de 2012

Nos olhos da Tia Necinha


A verdadeira felicidade, suspeito, só se encontra na felicidade que se causa. Nada me deixa tão feliz quanto deixar alguém que gosto feliz. Ver o sorriso do outro se abrir me faz mostrar todos os meus dentes, em uma tentativa atrapalhada de espelho humano. E sorrio sem perceber, dou pulos de alegria, abraço minhas amigas, meus amigos, minha família. É tão bom ver quem a gente ama assim! E muitas vezes é tão fácil fazer alguém rir...

Ei, você que está lendo, sorria ! A vida é bela quando vivida !! Viva !!! E se der, me convida !!!!

É triste ter de acreditar, mas existe gente que fica triste com a felicidade alheia... inveja é veneno da alma. Por isso hoje acabei deixando por aqui essas linhas. Pensando no lindo sorriso da Tia Necinha, que mesmo em um momento difícil sorriu comigo pela boa notícia, que sorri com e por todos nós, escrevi o que descobri ou relembrei nessa missa de hoje, desenhei em letras o que via e vejo nos olhos verdes desse anjo de ternura.

A felicidade não está correndo de mim, está correndo na minha direção.


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Falei



Escorreram palavras impensadas
Escorreram ligeiras dos lábios
Escorreram diretas, doloridas
Calados ficam os sábios


Disse exatamente o que sentia
Aquilo que me rasgava o peito
Disse exatamente o que doía
Que sentia falta do seu beijo


Falei tudo que estava engasgado
Falei e não me arrependi
Talvez o tenha magoado
Mas saiba que não menti


Ninguém nos obrigada a nada
Ninguém sabe o que sabemos
Ninguém me faz ficar calada
A esconder meus sentimentos