terça-feira, 21 de agosto de 2012

Declarando guerra da minha escrivaninha



Vejo três portas de armário
Duas estantes com livros
Um fim sem ser sumário
Páginas em abismos

Vi seus olhos tão de perto
Foi difícil não dizer nada
Mas fiz o que era certo
Sorri e fiquei calada

Sei tão bem o que quero
Sei querer o impossível
Sei e isso não nego 
Não sou tão insensível

Se obedeço o que manda
Obedeço a razão?
Coração que se zanga
Sangrei de emoção

Era sangue nas lágrimas
Presas de revolta
Voavam as páginas
Infinito sem volta

Tenho certeza que sou louca
Por isso declaro guerra
Minha vontade não é pouca
Grito do alto da serra:

"Matem todos, eu vos digo, todos que fingem amar"

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