terça-feira, 13 de maio de 2014

Preto

Pingou o nanquim preto em meu peito
Sem nenhuma piedade
E a tinta escorreu fria
Manchando para sempre seu rastro
Fui traçada,do arfar entrecortado do seio
Às pernas entreabertas cheias de verdade
Partida ao meio pela linha torta
Como um espelho quebrado

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Só naquele exato segundo

Sinto saudade. Sinto saudade o tempo todo. Mesmo que eu goste muito do presente, sinto saudade do que vivi, do que ficou, do que fomos, se é que deixamos de ser. Eu sinto falta daqueles momentos em que o mundo parecia parar de girar, e eu podia escutar meu coração bombeando sangue desesperadamente em minhas veias, enquanto respirava com gosto, fazendo o peito inflar. Sinto muita falta de olhar por aquela fresta entre nós e ver as minhas costelas subindo como uma sanfona em noite de festa. Eu sinto falta da nossa loucura sem palavras, sinto falta do carinho. A, talvez seja disso a minha maior saudade, do carinho. Das mãos de levinho em meus ombros. É, posso viver sem todo o resto, posso mesmo não querendo, afinal quando um não quer..., mas o carinho...a cada dia me parte o coração, não contar com as suas mãos nas minhas costas. É que é só ali, naquele segundo exato em que a ponta dos deus dedos tocava a minha pele, que a solidão desaparecia e eu podia descansar de verdade.

domingo, 4 de maio de 2014

ao entardecer


Que saudade! Quero voltar a morar em Paris!

Tenho um buraco na alma, mas pelo buraco ela sorri...
Sou dessas pessoas malucas, dessas que eu nunca entendi.
Dessas que ama um segundo, e no seguinte... já esqueci.

Tenho o peito quente
Seria até inocente...
Se não pulasse aflito
O coração indeciso

Levo uma vida besta e ensolarada
Sempre cheia de alegria
Que quase se esquecesse das dores
Quando brilha, tragando amores
Que entorpecem todo o seu ser
Sossega menina! trate de esquecer...

Porque as tarde de Paris, por lá ficaram.