terça-feira, 4 de setembro de 2012


Tão só que não se escuta
Murmúrio, barulho algum
Tão só que não se vê
Sorrisos, nenhum

Sozinha na multidão
Risos todos em vão
Companhia da solidão
Apunhalado coração

Silêncio nesse vazio
Cheio de gente passando
Um olhar perdido
Lágrima queimando

É gente tentando entender
É gente querendo esquecer
Tem gente que manda crescer
Tem gente pagando pra ver

É silêncio e vazio nos dias
É escuro sem sono de noite
É alívio nas piscinas
E em pesadelos açoite

É dor que se esconde ligeira
Sem dizer de onde vem
Dor que volta certeira
Só de pensar em alguém

É estar sozinha com todos
Detestar minha própria companhia
É abraçar a causa dos loucos
E assim ser enfim esquecida

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