sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia de faxina


Acordei hoje com muitos planos para o dia. Pulei da cama, tomei café, escovei os dentes e li um pouco de Cecília. Abri as janelas, puxei as cortinas, escolhi uma roupa fresquinha. Olhei as horas, respondi mensagens e, finalmente, comecei a faxina. Primeiro o armário, depois as camas e tentei arrumar a escrivaninha. Tirei o pó e limpei os vidros, vou receber visita. Aproveito o impulso, subo na cadeira e tiro do armário minha mala verdinha. Em poucos dias pego a estrada para fazendas de Minas.

Separo um casaco, toco uma música, escuto a brisa que grita. Enfio o sapato, leio um poema, vejo na foto velha a menina. Cabelos ao vento, cachorrinho no colo, era feliz e sabia. Falta espaço, sobram bagunças, feliz de quem se organiza... Jogo fora papéis e balinhas. Sento na cama exausta, caderno apoiado nos joelhos magros, a caneta me fascina. Abro uma página qualquer e jogo no papel a faxina da minha vida.



6 comentários:

  1. O mais importante é saber...não esquecer... és que ser é questão de ser...

    ResponderExcluir
  2. Meu cronograma foi bem similar. Acho que toda essa minha fixação por faxina ao fim de cada período se dá pela ilusão de que a faxina será na verdade interna.

    Até suas faxinas são harmoniosamente escritas.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. E como é lindo viver de poesia! abraços

    ResponderExcluir