segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os Loucos

Me disse um sábio amigo ao comentar o que escrevo, com palavras tão doces: "de uma lucidez incrível, só para os loucos legítimos". Obrigada Thiago, não há comentário no mundo que me fizesse mais feliz! Me fez pensar na loucura, logo agora nessa noite de domingo... madrugada de segunda...

Tive medo de ficar louca, muito medo... conviver com a loucura me criou esse terror. Existem tantas loucuras na vida, que agora acho que nem todas devem ser temidas. Medo do louco, medo do desconhecido, do imprevisível, do fora do controle, viver com medo não faz bem.

Os loucos talvez vejam a vida de modo mais claro que o normal. Dizia Descartes que os sentidos enganam... e se toda a realidade que julgamos como verdade for uma ilusão e as alucinações daqueles que julgamos loucos forem verdade?

Não sei...

Sou normal? não quero ser normal. Sou louca? tenho medo de ser louca. Posso ser parte maluca, parte lúcida, parte normal, parte doida e ainda assim ser uma única Alice?
Há quem aceite tantas "Alices" em uma só? Há quem possa amar alguém assim?

9 comentários:

  1. 1. Medo da loucura é ocioso: arrebata-a-dor(a).
    2. Quem é parte louco é louco e ponto inicial.
    3. Carlos Maltz: "E o que não é coisa da sua cabeça?"

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  2. Quanto ao lance da aceitação, que importa se não houver tão ampla no mundo? Aplique a distributiva: a cada qual sua Alice!

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    1. Então o lance é omitir de cada um o pedaço certo que tenho em mim? que cansativo...e a Alice doida, distribuo pra quem? o meu eu normal já está devidamente espalhado no mundo =)

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  3. Não são os comuns os que marcam, mas aqueles que nos move pra além de nós, nos arrebata um tanto de emoções incomuns.

    Se há na loucura a quebra das estacas dos olhos, o desatar das mãos, a liberdade no viver, considere-na mais saudável que a sanidade.

    E quem é de todo um só?
    Misto de muitos em cada um, o que torna-nos nós. Essenciais.

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    1. Se loucura é liberdade, serei louca até o fim dos meus dias.

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  4. Alice, o país das maravilhas está na gente, nessa urgente necessidade de matar as sedes, de saciar as fomes. Há quem goste de dar nomes a tudo. Mas nem tudo se nomeia, nem tudo se conta, nem tudo se esconde. Afinal, esconder aonde?
    Gostei muito do seu espaço de cogitações. Aqui estarei vez por outra, na busca louca de felicidade. Por isso, a saciedade é indesejada. Se alguém souber sua morada, não conte para mim.
    Abraço carinhoso.

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    1. Olá ! Seja bem vindo =) Gostei da ideia da felicidade ficar na busca, da saciedade indesejada...penso tanto nisso! Muito obrigada pelo comentário, espero vê-lo por aqui mais vezes =) eu voltarei ao seu blog ^^ adorei o que li por lá !
      Abraços

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