segunda-feira, 23 de abril de 2012

Malandragem

Ainda novinha o Rio me trazia "um qualquer coisa" de estar em casa... perfeitamente adaptada. Terra de malandro, e malandrinha sempre fui.

Andando leve, de mansinho, respirando o ar quase que mais devagar, para buscar o seu cheiro, seu frescor e seu gosto.

E o carinho especial pelas praças cresceu com a descoberta do samba e suas rodas. Não há malandro sem praça, não há praça sem seu malandro.

Malandra na vida como estilo e opção. Não malandra que não faz nada, mas malandra que faz as coisas em uma outra batida, um outro tempo, uma outra onda ou estação.

A malandragem me faz bem, no Rio então é a cura de qualquer problema, esquecimento de qualquer chateação, é a volta dos dias amenos eternamente passados na brisa de fim de tarde.

Além disso, todo malandro tem um ar de maluco, e maluca já assumi por aqui que sou...

E na malandragem fui moldando meus gostos e desgostos, amores e amantes, rostos e dorsos, dias e noites, livros e sonhos.


"Eis o malandro na praça outra vez
Caminhando na ponta dos pés
Como quem pisa nos corações
Que rolaram nos cabarés

Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O malandro anda assim de viés

Deixa balançar a maré
E a poeira assentar no chão
Deixa a praça virar um salão
Que o malandro é o barão da ralé" - Chico Buarque

3 comentários:

  1. Diagnóstico preliminar: abstinência de praia.
    Recomendação: partir o mais rápido possível para o Rio de Janeiro.
    Posologia: doses diárias de brisa de praia e samba na calçada.
    Duração do tratamento: o que der pra fazer nessa vida.

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  2. ... é a bossa, o samba, e ar ameno, o andar faceiro. Ah, meu Rio de Janeiro!

    Ah! Se o sabão de coco funcionar me avisa :P

    Beijos,
    Thamy

    @ThamiresLyrio
    http://tocadathamy.blogspot.com

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