Ainda novinha o Rio me trazia "um qualquer coisa" de estar em casa... perfeitamente adaptada. Terra de malandro, e malandrinha sempre fui.
Andando leve, de mansinho, respirando o ar quase que mais devagar, para buscar o seu cheiro, seu frescor e seu gosto.
E o carinho especial pelas praças cresceu com a descoberta do samba e suas rodas. Não há malandro sem praça, não há praça sem seu malandro.
Malandra na vida como estilo e opção. Não malandra que não faz nada, mas malandra que faz as coisas em uma outra batida, um outro tempo, uma outra onda ou estação.
A malandragem me faz bem, no Rio então é a cura de qualquer problema, esquecimento de qualquer chateação, é a volta dos dias amenos eternamente passados na brisa de fim de tarde.
Além disso, todo malandro tem um ar de maluco, e maluca já assumi por aqui que sou...
E na malandragem fui moldando meus gostos e desgostos, amores e amantes, rostos e dorsos, dias e noites, livros e sonhos.
"Eis o malandro na praça outra vez
Caminhando na ponta dos pés
Como quem pisa nos corações
Que rolaram nos cabarés
Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O malandro anda assim de viés
Deixa balançar a maré
E a poeira assentar no chão
Deixa a praça virar um salão
Que o malandro é o barão da ralé" - Chico Buarque
Diagnóstico preliminar: abstinência de praia.
ResponderExcluirRecomendação: partir o mais rápido possível para o Rio de Janeiro.
Posologia: doses diárias de brisa de praia e samba na calçada.
Duração do tratamento: o que der pra fazer nessa vida.
... é a bossa, o samba, e ar ameno, o andar faceiro. Ah, meu Rio de Janeiro!
ResponderExcluirAh! Se o sabão de coco funcionar me avisa :P
Beijos,
Thamy
@ThamiresLyrio
http://tocadathamy.blogspot.com
Haha, ainda não testei, mas te aviso sim !
Excluir