quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Liberdade

Meu estômago anda se manifestando esses últimos dias quase que o tempo inteiro. Estou muito brava comigo mesma e ele sabe disso, por isso anda doendo, queimando e reclamando. Estou, ao que parece, atentando contra a minha própria liberdade, e não posso permitir que isso continue.

Tenho com a Liberdade um carinho especial, nossa história de amor tem sido muito feliz. Desde muito cedo me incentivaram a sonhar alto, e o fiz. Quis conhecer o mundo, aprender outras línguas, testar vários esportes, andar com várias turmas, fazer muitos amigos, estudar sobre tudo aquilo que me interessa. A ignorância aprisiona e agradeço aos meus pais por lutarem pela minha liberdade.

Aos poucos fui estabelecendo minhas próprias regras, princípios, limites. Ainda era liberdade, certo? Afinal as regras são de minha autoria. Elas foram se acumulando, ganhando força, quase que vida própria. Me vi encurralada pelos meus próprios princípios. Tentei usar o bom senso e escolher apenas um, ainda não consegui.

Escolhi temporariamente o princípio que digamos que era "mais fácil"de seguir, mas desde então meu estômago não deu trégua, e como dói e como arde! Tem uma Alice dentro de mim gritando a plenos pulmões por sua liberdade.

2 comentários:

  1. O "princípio" é de onde saímos, e pra onde nos remetemos quando é o caso de ver se o percurso faz-se bonito. Talvez jamais estejamos tão distantes a ponto de não o alcançarmos, o que acho que é bom.
    "O super-homem não supera a superfície", e ninguém supera o Super-Eu.
    Brava garota a Alice!

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    1. Chorando, ela olhou para o Gato Sorridente e disse que estava perdida: "Gatinho inglês, que caminho devo seguir? Perguntou Alice. Depende de onde você quer chegar, respondeu o gato." Sem chorar, mas agarrando aquilo que penso ser o lugar do estômago pergunto-me "estou perdida, que caminho devo seguir?" e uma Alice sorridente, um sorriso um pouco malvado, grita para fora: "primeiro decida onde vai!". Não sei ao certo qual dos princípios vem do Super-Eu, ambos me parecem igualmente morais!

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