quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dia ensolarado


Caminhei sorrindo rua acima, enquanto o Sol brilhava no céu e esquentava os meus cabelos, as pontas descoloridas balançavam atrás da minha mochila, acho que vou cortá-las. Passei direto pelo ponto de ônibus porque estava distraída, tive que voltar um quarteirão e subi na 'mercedes azul com motorista' dando bom dia, ainda que já fosse tarde. Desci na praça da savassi, como há muito não fazia, e andei pelas novas ruas fechadas, aproveitando o dia. Fui fazer uma visita, aproveitei para lanchar, experimentei um sapato em uma das lojinhas e a vida parecia voltar a caminhar. Como se um peso enorme tivesse sido jogado dos meus ombros no chão, e ficado naquela sessão, de alívio. Foi tão difícil guardar tudo aquilo, se eu soubesse que tudo ficaria mais fácil depois que colocasse algumas dores no ar, soltando as palavras que me ferviam a alma, se eu soubesse, ainda assim teria sido difícil dizer. As palavras saíram, e não foi como eu imaginei, contive as lágrimas, mantive a calma, fui falando, pausadamente, e as coisas pareceram fazer mais sentido. De repente meus problemas não eram tão irrelevantes, idiotas e bobos, também não eram impossíveis, insuperáveis, trágicos, dignos de pena, eram apenas problemas normais, desses que passam, sabe? Aí saí sorrindo, curtindo o Sol e a tarde, sem chorar.

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