E esse papel macio
Em que deslizo a ponta aflita
Acolhe melhor que muitos
Nos momentos de solidão
Porque estou só, acredite
Abandonada na multidão
E mesmo um único abraço
Parece inalcançável
Pois abraço frio é prisão
E não sei viver sem liberdade
Então viro as páginas
Ignorando a saudade
De um passado imaginado
Que na verdade
Nunca existiu
Não vê que queria que visse?
E a tristeza curasse enfim...
Mas como me cego querendo
Ignoro a cegueira inocente
E me tranco dentro de mim
Ser o próprio carcereiro não é destino alvissareiro, o futuro trancado em cela. Quem bem-quer a liberdade, ergue a ela uma cidade, e não fica nem tutor dela. Porque a liberdade se espraia, e embora perigos atraia, sabe as tardes gozar belas. É que nunca, nunca é tarde pra soltar a liberdade.
ResponderExcluirA liberdade mora em Paris... E nos abraços que sonho acordada
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