domingo, 2 de junho de 2013

medo


Às vezes dá um friozinho na barriga, sabe? É que vi tão pouco do que há pra se ver...vivi tão pouco, quase nada sei, não guardo certezas e o caminho a frente é um completo desconhecido...
E até agora, por mais difícil que pareça ter sido, foi tudo tão fácil. E se na próxima curva não for assim? Essa mania de virar na vida acelerando, sem medo de me mandar pro outro lado do mundo sozinha...esse costume de pular de cabeça e sentir tudo...talvez acabe me machucando muito.
Mas até hoje não me arrependi. Chorei, chorei muito, mas só chorei porque sorri. Vivi genuinamente cada alegria que atravessou a minha estrada. Não se engane, se disse que te amo, amo mesmo.
Não sei porque, mas às vezes bate um medinho bobo, medo da solidão... mesmo em uma sala lotada, sinto um vazio corroendo o peito, em um buraco negro sem fundo.
Estou sozinha, mesmo que queira estar comigo. E sozinhos todos estamos.
No castanho escuro dos meus olhos se esconde uma tristeza vazia, uma alma chora sozinha e lá no fundo, na retina, a vida ainda brilha. Então, te contei, a escuridão não enfeita textos, mora comigo.
E por que tudo isso agora? não se assuste, é só saudade, de quem sempre viu a escuridão em mim, e a amou sem limites. Sinto falta de quem mais me amou, porque também amei.

2 comentários:

  1. Vivaz, caloroso, mas doce. Seus textos são um bálsamo para a alma, Alice!

    Bjs

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    1. Muito obrigada Michele =) fico muito feliz que goste deles! Dá até vontade de perseguir a tal ideia de colocar no papel =D beijinhos

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